Monday, November 17, 2008

Tropa de Elite - osso duro de roer mesmo!

Aviso: post divagador. Talvez vc tenha dificuldade pra acompanhar as idéias desencontradas!
Eu e Kurt resolvemos a pouco tempo que já é mais que hora de nos plugar novamente nos filmes. Então, se o filme não é apropriado pro Gabe, faço uma forçona pra ficar acordada até mais tarde e assistir. Tô adorando, porque estava completamente desplugada das novidades. Assinamos o Netflix. Funciona assim: você paga 9 doletas por mês, faz uma lista na net de filmes que quer assistir e eles te mandam 1 de cada vez (no caso do nosso plano, tem outras opções tbém). Tudo pelo correio, bem conveniente e bem rápido. Amei! Haaaaaaa e tem alguns filminhos e séries que vc pode assistir pela net também. Então, levando em conta que 1 filme lançamento na Blockbuster fica em torno de uns $4,50, vale super a pena.
Estava aguardando ansiosamente o filme Tropa de Elite, que estava na lista mas ainda não estava disponível. Chegou no sábado. Eu já havia visto, mas queria muito que o Kurt visse também. Assistimos ontem e eu devo dizer que fiquei com vergonha, muita vergonha do meu país. Expliquei pro Kurt que o filme contava uma história fictícia (como escreve?!), mas que no fundo aquilo tudo ali acontecia mesmo. O tráfico de drogas controla o Rio de Janeiro, a polícia é, em sua maioria, corrupta mesmo e a justiça do papel já passa longe dali faz tempo.
O Kurt é uma das pessoas mais honestas que eu conheço. Só pra ilustrar, um amigo uma vez teve a moto roubada e pediu que o Kurt o ajudasse. Ele conversou com algumas pessoas e tals, mas não fez muita coisa, mesmo porque não tinha muito o que fazer. Acabou que acharam a tal da moto e o amigo ficou super agradecido e deu pro Kurt um cartão com $50 pra um restaurante. O Kurt achou um absurdo e não quis o presente de jeito nenhum. Então, compara com alguns policiais no Brasil. $50 seria só pra começar a pensar em abrir a boca pra tentar fazer alguma coisa!!!
Eu ainda acho a corrupção um absurdo, mas cresci vendo e acaba que a gente pensa que é fato corriqueiro (não vou dizer normal porque não é) e que nunca vai mudar. Mas pensa comigo como é pra um estrangeiro, policial honesto e orgulhoso do que faz, ver um filme desses. Ver policiais fechando os olhos pro tráfico de drogas, pra violência. E os honestos, tendo que sair da lei pra poder trabalhar. A única opção que resta aos honestos é chegar matando. E devo dizer que concordo. Podem jogar pedras, mas não venham falar em direitos humanos. E traficante lá liga pra direitos humanos? Aquela raça pra mim é o lixo da humanidade.
Eu gostei muito do filme também por mostrar que quem alimenta o tráfico e está DIRETAMENTE ligado à violência são, dentre outros, os "inocentes e pacíficos" fumadores de maconha. Fico imaginando a cara do filhinho de papai, gente boa, bacanérrimo, super consciente e engajado, mas que fuma unzinho todos os dias, em nome da paz, vendo o filme e, pelo menos eu espero, caindo na real que contribui diretamente com o monstro da violência que tomou conta do Brasil.
Eu tenho muitos, muitos defeitos, e pra algumas pessoas um deles é o fato de ser super careta pra algumas coisas. E uma delas são as drogas. Sempre horrorizei mesmo, sempre condenei mesmo e vou continuar horrorizando.
Não estou aqui dizendo que o tráfico de drogas só existe no Brasil. Se fosse assim meu marido não teria emprego! Aqui também tem. E tem policial corrupto também.
Mas infelizmente no Brasil e no Rio, o tráfico venceu. Aqui ainda não.

2 comments:

Anonymous said...

É isso aí Bezita, se plugando nos filmes e comentando a barbaridade do tráfico de drogas controlador da nação brasileira. É uma tristeza, uma pena... e é por isso e outras coisas mais que o Brasil fica para trás no seu desenvolvimento. Todos vivemos sob o medo e a angústia em saber que esse esquema é imenso e difícil de controlar. Ainda bem que nosso DEUS é maior!
Saudades até no ano que vem....
Bjbjbjbj

Anonymous said...

só pra constar:
o certo é "há pouco tempo", e não "a pouco tempo".
fictício está certo burra.

e o filme gerou essa polêmica mesmo, expõe umas feridas e tal... mas acaba que no Brasil tudo vira motivo de gozação e modismo, e com o TE nao foi diferente.
tiamo bj